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Realidade x Ficção

Gisela Castro é uma das principais pesquisadoras de novela e consumo do Brasil

Em entrevista à revista Stravaganza, em fevereiro de 2012, Mauro Alencar, doutor em teledramaturgia pela Universidade de São Paulo (USP) pesquisador e consultor da Rede Globo, sentencia: “[a novela] é ao mesmo tempo agente de mudanças e espelho”.

 

A discussão se é a vida que imita a arte, ou a arte que imita a vida, é antiga. E, na telenovela, a arte construída dia a dia, com influência direta do público que, via audiência e, com cada vez mais força, via comentários nas redes sociais, influencia o modo como a trama será conduzida, confirma a antimetábole.

 

Para a Professora Doutora Gisela Castro, a relação do brasileiro com os folhetins televisivos é de constante dualidade – ao mesmo tempo que, para gerar empatia com os telespectadores, é preciso ter elementos conhecidos, pessoas de todos os tipos e classes, a novela atua como um “gerador de tendências”, apresentando novos comportamentos e objetos de consumo, tais quais penteados, acessórios e figurinos que “são a Fashion Week da massa”.

 

A dimensão que ganha o folhetim deixa essa dualidade cada vez mais em uma linha tênue, na medida em que não raramente assuntos correlatos às telenovelas figuram entre as notícias de jornais e revistas. Entidades de classe frequentemente criticam a abordagem dada às profissões que defendem, cobrando que a ficção aja como se realidade fosse.

        

Outra prova de que, na cabeça das pessoas, ficção e realidade às vezes se confundem, é o número de atores e atrizes que, por ações de seus personagens, são hostilizados e/ou agredidos, seja física ou verbalmente.

        

Por outro lado, as novelas foram grandes responsáveis pela maior aceitação das pessoas por novas configurações familiares, marcadas pelo divórcio, uniões estáveis e homossexualismo.

 

 

 

 

Copyright 2012                                   A novela, seus usos sociais e o consumo - "O Clone": um exemplo prático

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