No Brasil, assim como nos Estados Unidos, as teledramaturgias surgiram nos anos 50 a partir da adaptação das novelas de rádio para o então novo meio de comunicação, seguindo o esquema das radionovelas na forma e no conteúdo. Só que, nas imagens da TV, o resultado foi ainda mais intenso.

 

Quando foi ao ar Sua Vida Me Pertence (Tupi, 1951), teve início o protótipo da novela atual, mas com apenas dois capítulos exibidos por semana. A novela é ainda hoje lembrada por marcar o primeiro beijo da história da televisão, um inocente "selinho", protagonizado por Walter Forster e Lia de Aguiar.

 

Por isso o título oficial de “primeira novela brasileira” ficou sendo de 2-5499 Ocupado (Tupi, 1963), esta sim veiculada diariamente, afinal com apenas com a invenção do video tape isso se tornou possível.

 

As principais referências eram as produções latinas, principalmente mexicanas, argentinas e cubanas, com muitas adaptações recheadas de histórias e personagens exóticos, além do alto teor melodramático.

 

O primeiro grande sucesso de audiência veio com O Direito de Nascer (Tupi, 1965), que marcou definitivamente a ascensão do gênero, tornando-se uma paixão nacional. A repercussão gerou uma popularidade inimaginável e duradoura, o que incentivou os empresários de TV a investirem mais na telenovela.